quinta-feira, 26 de junho de 2008

Cinemas e quejandos

Tenho aproveitado as minhas férias para fazer o meu update cinematográfico, visto que com as confusões escolares andava um bocado fora de tudo isso. Também é por causa disso que ando a escrever menos... Ando fora de casa e tal; tenho mais diversões... Bem, mas voltando ao que interessa, na última semana fui ver alguns filmes ao cinema, entre os quais Lars e o Verdadeiro Amor, A Ronda da Noite e O Acontecimento. Gostei de todos, são todos de estilos completamente diferentes, mas há dois que têm mais em comum um com o outro do que o terceiro. Tanto Lars como A Ronda da Noite são filmes menos conhecidos que, apesar de terem grandes nomes tanto de actores como de realizadores no projecto, são produzidos por produtoras mais pequenas, menos famosas. Já O Acontecimento é claramente um blockbuster (mas giro na mesma).


Mas pronto, passando à frente das formalidades, os dois primeiros fui vê-los ao Alvaláxia à noite, e já estavam em salas pequeninas, daquelas que estão escondidas depois de subirmos uns degraus e virarmos nuns corredores ocultos e vazios, que poderiam bem ser palco de um daqueles filmezinhos de terror reles. Entrei na sala (mesmo mínima, por sinal) e fui sentar-me no meu lugare preferido: última fila, ao meio. Tinha entrado mais ou menos dez minutos antes do filme começar, e fiquei à espera, a comer os meus nachos, até que começaram os trailers. Dá um trailer, dois trailers, publicidade, mais um trailer e ninguém aparece. O filme começa e a sala está vazia, exceptuando na última fila ao meio. Um funcionário olha discretamente para dentro da sala para ver se estava lá mesmo alguém e depois fecha a porta e fico eu comigo mesma e com os meus nachos a ver um filme numa sala perdida do Alvaláxia.

Os cinemas em si até nem estavam vazios, havia muita gente na fila para comprar bilhetes. Mas, depois de ver estes dois filmes por minha conta, percebi que toda a gente tinha ido ver o Sexo e a Cidade ou O Homem de Ferro. Não que eu tenha algo contra esses filmes, atenção, mas duas sexta-feiras à noite, num cinema movimentado, dou por mim sozinha a ver filmes bons? Não sei, mas parece que me falha qualquer coisa. Pelo que consta, o Sexo e a Cidade é mau, fútil, sem história, e O Homem de Ferro é daqueles filmes que se vê, se gosta mas que não obrigam a mais qualquer trabalho sem ser o dos olhos. Na minha opinião, tanto Lars e o Verdadeiro Amor como A Ronda da Noite são filmes melhores do que os mencionados anteriormente (e não, não me estou a querer armar em pseudo-intelectual, porque como já disse antes, não tenho nada contra esses filmes, só que são piores cinematograficamente falando, e acho que ninguém o nega), mas no entanto ninguém os conhece e ninguém os quer ver. Se calhar é mania minha, mas gostava de saber que mais do que uma pessoa se interessa por este tipo de filmes (leia-se "independente"). E pronto, lá foi mais um desabafo-crítica sobre as coisas que me acontecem.

Peace out!
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