sábado, 14 de junho de 2008

En tierras de nuestros vecinos

Desculpem este atraso de alguns dias, mas estive em vacaciones durante uns diazitos.

De 10 a 13 de Junho (a apanhar aqueles lindos feriados que tanto jeito nos dão), fui a Madrid, assim numa de turismo apressado. No dia em que cheguei, estive com amigos e colegas do meu pai que estavam no mesmo congresso que ele. Esses amigos vinham de praticamente toda a Europa: Espanha, Portugal, Itália, França, Bélgica, Roménia, …, e praticamente todos falavam comigo na sua língua materna (exceptuando obviamente os romenos) e eu respondia na sua língua também, mais ou menos macarrónica dependendo do idioma.

Bem podem imaginar que aquilo, depois de um longo dia de viagem e de me ter levantado às sete da manhã, não me caiu nada bem. Às tantas falava metade francês metade italiano com uma rapariga espanhola. Grande confusão centro linguístico do meu cérebro; estou a imaginar algo semelhante a um curto-circuito massivo ou um blackout nos meus neurónios.

Esquecendo os problemas linguísticos, no primeiro dia fui a Toledo, que era a antiga capital espanhola. Por acaso é uma cidade bonita com um tom medieval, mas na minha opinião fica bastante monótona depois de três horas de visita. Para não falar da hora de fila que apanhámos para lá chegar por causa da greve dos camionistas.

O segundo e terceiro dias decorreram na normalidade, museus del Prado e Thyssen-Bornemisza de manhã e passeios citadinos à tarde. Chegou o dia da partida. De manhã ainda fomos ao Caixa Fórum (uma espécie de CCB madrileno) ver uma exposição de Alphonse Mucha e às três da tarde fomos para o aeroporto, porque o voo do meu pai saía às 17h ou algo parecido. O meu saía às 21h25. São agora 22h, estou no aeroporto e o voo está “anunciado” para a meia-noite e oito (vejam o nível de pormenor!), mas já ouvi algumas funcionárias da Vueling a informarem alguns passageiros de que há um voo para Lisboa amanhã às seis da manhã.

Olho para a porta H3 (de onde deveria ter saído para Lisboa há cerca de 45 minutos) e vejo uma multidão de ibéricos furiosos a reclamarem com duas espanholitas que repetem vezes sem conta “no tenemos información”, e até agora só sabemos que não se sabe se o avião partiu de Milão (de onde chegaria a Lisboa e daí para Madrid e de volta a Lisboa) nem se o voo foi cancelado ou não.

Estão a chamar-nos para nos darem um voucher para comprar comida nos cafés e restaurantes do aeroporto. Não temos informações mas temos comida. Menos mal.

Peace out!
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