quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Uma Aventura... na Holanda - parte 4

Vão-me desculpar este ligeiro atraso, mas as coisas da escola/universidade já estão a dar cabo de mim (e ainda nem comecei as aulas!!!).


Bem, passando ao que interessa. No meu quarto dia na Holanda, ou seja, numa sexta-feira, levantei-me cedinho como já se tornava tradição e apanhei o comboio para Amesterdão. Depois de uma viagem de cerca de 40 minutos, passei pelo estádio do Ajax e, com os meus conhecimentos futebolísticos vastíssimos, fiz a seguinte pergunta: "O Ajax é de Amesterdão, não é?". Quando o rapaz me disse que sim, fiquei felicíssima, porque, para ser sincera, nem sabia que o Ajax é um clube holandês. Julgava que era francês.
Mas pronto, o comboio lá parou em Amsterdam Centraal, com milhões (não literalmente) de pessoas para trás e para adiante, ainda por cima estando a estação em obras, podem bem imaginar o nível de caos. Quando conseguimos finalmente sair do interior da estação, estávamos a caminhar ao pé dos tapumes das obras quando passamos por um que tinha um penso higiénico (limpo, ao menos isso) colado. Fiquei curiosa, no mínimo. Mas pronto, numa cidade de pedrados espera-se deste tipo de coisas, não é? Ah, é verdade, o rapaz com quem eu estava detesta Amesterdão, precisamente pelo tipo de turistas que a cidade chama, porque, convenhamos, enquanto eu nas outras cidades tinha visto uma Coffee Shop, em Amesterdão via duas ou três em cada rua. Mas pronto, se esquecermos a população geral a cidade é muito bonita. Mesmo.

Decidimos aproveitar o facto de estarmos numa cidade (aliás, num país) onde se pode andar sem problemas, já que é tudo plano, e fomos a pé até uma praça que tem dois dos museus mais frequentados de Amesterdão: o Rijksmuseum e o Van Gogh Museum. Isto demorou cerca de 45 minutos, e tendo em conta que era para aí 11 da manhã quando lá chegámos, fiquei algo surpreendida quando vi uma rapariga toda "plastificada" a mostrar-se numa janela com luzes vermelhas. Prostituição às onze da manhã?! Mas realmente não parecia haver ninguém muito interessado, por isso fiquei um pouco mais descansada. No nosso caminho para Museumplein, passei para aí por 20 Coffee Shops (sem exagero absolutamente nenhum), umas 10 sex shops e pelo Hash, Marijuana and Hemp Museum. Apesar de me ter rido imenso quando encontrei esse museu, descobri mais tarde que era na verdade o 3º ou 4º museu mais visitado de Amesterdão. Ah, e ao passear nas ruas, reparei que havia muitas bandeiras do Gay Pride penduradas. É que a Gay Parade tinha sido uma semana antes de eu estar lá! O que eu fui perder... Por acaso a Canal Parade deve ser gira (hehe).

Chegámos ao Museumplein, entrámos no Rijksmuseum, onde vimos muitos (mas MESMO muitos) quadros. Obviamente aquele do qual eu gostei mais é a maior atracção do Museu, o quadro de Rembrandt "De Nachtwacht" ou, em Português, "A Ronda da Noite". Um quadro gigantesco cheio de pequenos pormenores a ser notados. Claro que se não tivesse visto o filme "A Ronda da Noite" não tinha reparado nem em metade das coisas, e provavelmente nem me interessava por aí além no quadro. Ah, o que o cinema faz...! Bem, mas depois passámos ao Van Gogh Museum, onde eu fui muito feliz, tendo em conta que Van Gogh é o meu pintor favorito (eu sei, falta de orginalidade, mas gosto dele, portanto aguentem-se à bronca!). Quadros impressionistas e completamente malucos em todo o lado; quase que delirei (sim, estou a exagerar bastante, mas pronto o que é que é a vida sem hipérboles?).

Saímos do museu e, de volta à Museumplein, encontrámos o meu pai, que por coincidência se encontrava em Amesterdão em escala de Leeds para Lisboa. Ele tinha vindo de eléctrico da Centraal Station para a Museumplein, então queria ver a cidade a pé. Eu já não me aguentava nas canetas, mas lá fiz o sacrifício de andar de volta para Amsterdam Centraal, sem antes passar pela Rembrandtshuis (sim, a casa do Rembrandt) e pela Praça Dam, onde está o Palácio Real de Amesterdão, juntamente com um mar de pessoas. Assim mais ou menos como as ruas de Tóquio. Das poucas fotografias que tirei foi nessa praça, com o meu telemóvel. Infelizmente não sei passá-las do telefone para computador, portanto fica para a próxima!

Chegámos por fim à estação, e fizemos a nossa viagem de volta a casa. Repousar os meus pés foi a melhor sensação do mundo, e fazê-lo enquanto via "Arrested Development" com um copo de sumo de laranja numa mão e doritos com guacamole na outra foi mesmo o sétimo céu. Next post: Leiden!!! Não percam o próximo episódio, porque nós... também não!

Peace out!
blog comments powered by Disqus